Um capixaba de Vila Velha, uma pessoa muito tranquila, casado a 28 anos e pai de 3 filhos. Hoje empresário nas áreas de investimento imobiliário, financeiro e esportivo.
JCD: Um breve resumo de quem é Sávio Bortolini.
Sávio Bortolini: Um capixaba de Vila Velha, uma pessoa muito tranquila, casado a 28 anos e pai de 3 filhos. Hoje empresário nas áreas de investimento imobiliário, financeiro e esportivo.
JCD: Você sempre quis ser jogador de futebol?
Sávio Bortolini: Sempre!! Era minha grande paixão, meu sonho, praticamente dormia com a bola, quando não estava na escola, estava jogando futebol.
JCD: Como foi sua ida para o Flamengo?
Sávio Bortolini: Depois de um torneio internacional em Vitória/ES, eu jogando pela Desportiva Ferroviária, clubes como Flamengo, Bahia e Botafogo se interessaram por mim e me convidaram, o amor e a paixão pelo Flamengo falaram mais alto e acabei logo depois chegando na Gávea.
JCD: Anjo Loiro da Gávea era seu apelido, você gostava?
Sávio Bortolini: Gosto muito!! A identificação com esse apelido é enorme! O saudoso Januário de Oliveira que colocou, um dos maiores narradores que o Brasil teve. A torcida do Fla só me chama de “Anjo Loiro” até hoje. Muito carinho!
Formado nas divisões de base da Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo, Sávio foi contratado pelo Flamengo em 1988, quando tinha apenas 14 anos de idade.
JCD: Como conheceu a Suzana?
Sávio Bortolini: Conheci através de um amigo que a conhecia também e eram grandes amigos, a conheci em Botafogo no RJ, depois começamos a nos falar mais e logo depois a namorar, isso foi em 1993, são 31 anos juntos, minha parceira de todos os momentos.
JCD: Sua ida para o Real Madrid foi em 1997, você quis ir ou queria ficar no Flamengo?
Sávio Bortolini: É sempre uma decisão difícil e muito importante. Deixar o clube que Amo depois de mais de 10 anos era triste, mas a oportunidade de jogar no Real Madrid, disputar grandes competições, conhecer uma nova cultura, idioma, enfim, coisas novas, fez com que eu aceitasse esse novo desafio, sem falar que financeiramente foi muito bom pro Flamengo e pra mim também.
JCD: Cinco anos morando fora do País, você se adaptou fácil? Sentia falta do calor do Brasil e da nação rubro negra?
Sávio Bortolini: Na verdade foram 11 anos fora do Brasil, Espanha, França e Chipre, uma experiência única, aprendi muito. Sentia muita falta da minha família e da Nação no Maracanã. Mas eu tinha um propósito na carreira, não só jogar na Europa, e sim ter sucesso por lá. Graças a Deus deu tudo certo!
Enquanto jogador do Flamengo, Sávio disputou a Copa América de 1995 e os Jogos Olímpicos de 1996. Chegou a atuar pelo Seleção Brasileira principal em mais dois jogos, em 1999 e 2000, quando defendia o Real Madrid.
JCD: Seleção Brasileira de 94 e 98 não houve nenhum convite para ir à copa ? Você se sente injustiçado?
Sávio Bortolini: Não me sinto injustiçado, sou um privilegiado em ter jogado em grandes clubes como Flamengo e Real Madrid. acredito que eu tinha condições de ter ido nas três, 94, 98 e 02, porém, não aconteceu.
JCD: Você encerrou sua carreira em 2010 aos 36 anos, acha que foi muito cedo?
Sávio Bortolini: Foi no momento certo! Fisicamente ainda estava bem, mas a parte mental já não caminhava no mesmo passo do físico. Desde os 10 anos de idade jogando futebol, vi que ali era o momento de deixar.
JCD: Você sempre foi um atleta reservado bem diferente dos atletas atuais que têm suas vidas expostas na mídia, você sempre se preocupou com isso?
Sávio Bortolini: Sempre fui uma pessoa muito tranquila, reservada, família, precisava treinar bem para chegar bem nos jogos. Não gostava de badalação, via na minha profissão algo extremamente sério, profissional. Encontrei na minha esposa a parceria ideal, ela com 16 anos já trabalhava, já era uma pessoa muito responsável.
JCD: Anos 90 não existia rede social ,na sua opinião isso expõe mais o jogador quando ele atua mais em confusões do que em campo?
Sávio Bortolini: A vida mudou muito! O que tem hoje não existia lá atrás e vai mudar cada vez mais, temos que nos adaptar com essas mudanças, faz parte do processo. Hoje não se fala mais em jogador de futebol, e sim atleta profissional.
JCD: Atualmente você é proprietário da Bortolini Patrimonial como essa área chegou pra você?
Sávio Bortolini: Sou empresário nas áreas de investimento imobiliário, financeiro e esportivo.
A Bortolini Patrimonial eu fundei quando comecei investir em imóveis e vi que já era o momento de abrir a empresa para gerir os imóveis, o 1º imóvel foi ainda quando jogava pelo Flamengo, na minha primeira renovação de contrato, a única coisa que pedi foi um apartamento pois morava de aluguel. O clube me deu um Apart em Ipanema/RJ que tenho até hoje, faz parte da carteira da empresa, tinha 21 anos e ali começava a conhecer mais o mercado imobiliário.
JCD: Em nenhum momento pensou ser técnico de futebol?
Sávio Bortolini: Em nenhum momento.
JCD: Quem é o seu maior ídolo?
Sávio Bortolini: No esporte, Zico. Na vida, meu PAI.
JCD: Tem ideia de quantos gols você fez na carreira?
Sávio Bortolini: Total eu não sei exatamente. No Flamengo foram 99 gols.
JCD: Sente falta de jogar?
Sávio Bortolini: Não sinto falta. Me preparei para o momento de encerrar a carreira.
JCD: Qual dica você daria para quem quer ser jogador de futebol?
Sávio Bortolini: Hoje não existe espaço para jogador de futebol, e sim, “atleta profissional”. É muita dedicação, comprometimento e foco. Para os jovens, nunca abrir mão dos estudos.
JCD: Quais Projetos para 2024?
Sávio Bortolini: Hoje totalmente focado na gestão empresarial das minhas empresas. Recentemente assumimos a gestão da SAF da Desportiva Ferroviária/ES, clube que iniciei a carreira no futebol. Um projeto sério e profissional.
Entrevista - Luciana Perez
Sávio Bortolini
Um capixaba de Vila Velha, uma pessoa muito tranquila, casado a 28 anos e pai de 3 filhos. Hoje empresário nas áreas de investimento imobiliário, financeiro e esportivo.
Atualmente Sávio reside em Florianópolis, Santa Catarina e é proprietário da Bortolini Patrimonial, empresa na área de investimentos imobiliários próprios, e da Sávio Soccer, empresa de gerenciamento de carreiras de jovens atletas de futebol.
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