“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”
(trecho de Samba da Bênção, samba feito em parceria com Baden Powell pelo artista e diplomata Vinícius de Moraes, libriano do dia 19 de outubro)
Por volta das 09 horas e 43 minutos (horário de Brasília) da manhã do dia 22 de setembro de 2024 o Sol passou de Virgem para Libra. Como Libra é um signo Cardinal ou Cardeal, ele inicia uma estação e temos o início do equinócio de outono no hemisfério norte e o início do equinócio da primavera no hemisfério sul.
Chegamos ao meio do ano astrológico, que sempre é iniciado no signo de Áries. Quando estamos no signo de Áries temos uma energia de manifestação do Eu, do aprendizado, do reconhecimento de quem cada um de nós é. Naquele momento, o Sol em Áries lembra-nos da necessidade de nos relacionarmos conosco mesmos e ao longo dos signos seguintes, até chegarmos a Virgem, vamos reunindo informações sobre os potenciais que podemos desenvolver como indivíduos. Quando chegamos ao signo de Libra, somos iniciados numa nova visão da vida, quando aprendemos a reconhecer os outros e aprendemos a usar tudo o que aprendemos durante a jornada entre Áries e Virgem para, agora, nos relacionarmos plenamente com o outro. Aqui nasce a noção de Nós, ou seja, do conjunto de “Eus” interagindo entre si.
Quando o Sol está em Libra descobrimos a importância de trabalhar a relação com o outro e começamos a desenvolver uma noção amadurecida da importância do equilíbrio em nossa vida. Em Libra, damos maior importância ao que pode ser belo, harmonioso, equilibrado e ponderado dentro da vida, além de aprendermos a desenvolver uma maior noção dos limites entre a nossa individualidade e a do outro e como fazemos para que tais individualidades relacionem-se sob uma atmosfera equilibrada, justa e harmoniosa.
Em Libra temos um espelho que nos faz enxergar uma imagem que esperamos projetar sobre o outro e faz com que sejamos a imagem que o outro projeta sobre nós.
Quando o Sol caminha pelas trilhas librianas aprendemos a entender que o equilíbrio é algo muito volátil, muito difícil de ser alcançado, mas, ainda assim, existe e faz parte de nosso cotidiano, da nossa rotina diária. Para darmos cada passo, precisamos sair de um estado de inércia e criarmos um movimento que nos desequilibra e em seguida o nosso corpo tenta encontrar novamente o seu ponto de equilíbrio antes de fazer o próximo movimento que quebrará a estabilidade alcançada e assim prosseguimos para frente ou para trás ou para os lados, cada movimento é um jogo de equilíbrio entre a estabilidade e o caos, entre a inércia e a ação.
Na vida nós estamos o tempo todo aprendendo a lidar com esta balança que num momento pende para a estabilidade e no outro pende para o caos. Quando ficamos muito tempo na fase estável ou quando nos recusamos a sair do estado de estabilidade, propiciamos o surgimento da inflexibilidade, da rigidez, do preconceito e da intolerância a tudo o que representa mudança e movimento. Quando ficamos muito tempo imersos no caos, desenvolvemos um estado de desordem, de desprezo por tudo o que foi criado, por tudo o que nos permitiu fazer as mudanças, não nos permitindo conservar o que é necessário para estabelecermos parâmetros e desenvolvermos a sabedoria. Os extremos são sempre complicados e geram guerras, fome, doenças e destruição, além de violência. Nos extremos fazemos germinar a intolerância, o medo, o controle, o autoritarismo, a perda de contato com os limites e geramos as dúvidas, além de impedirmos o julgamento adequado de cada situação vivida. Sob extremos podemos não decidir ou temos receio sobre a qual a melhor decisão a ser tomada diante de uma situação.
O ciclo libriano permite-nos ter uma percepção maior do tipo de relacionamento que temos com o mundo. Podemos entender se nossas ações, se nossas emoções e/ou se nossos pensamentos estão permitindo um relacionamento melhor com o mundo. Não se trata apenas de avaliarmos a nossa relação afetiva, mas todos os tipos de relação que podemos desenvolver com o mundo: as relações com a família, com os amigos, com as pessoas com quem trabalhamos, com os vizinhos, com as pessoas que não conhecemos, com os objetos, com os outros seres que habitam este planeta, com o planeta, com o sistema solar e assim por diante. Tudo o que fazemos, pensamos e sentimos é capaz de gerar destruição ou construção, sendo que destruir e construir são ações que têm o seu momento adequado para ocorrerem. Mas se estamos desestabilizados, se não conseguimos lidar equilibradamente com nossos pensamentos, com nossas emoções e/ou com nossas ações, podemos destruir sem noção dos limites e podemos construir sem respeito aos limites. O signo de Libra está relacionado com a justiça e com a avaliação que requer ponderação sobre como cada parte será afetada quando uma ação é posta em prática.
Quando o Sol passeia pelo signo de Libra podemos defender a paz, mas podemos querer a paz a qualquer preço. Nós podemos considerar a persuasão como algo positivo durante o período libriano, mas podemos divagar demais, perder energia pulando de um ponto para o outro sem nunca chegarmos a uma decisão válida, principalmente quando não confiamos em nosso próprio julgamento. Podemos confundir a busca por uma visão ponderada e amistosa com uma atitude apática perante tudo e todos. E, ainda, podemos ser sociáveis, amigáveis, imparciais, diplomáticos, justos, cooperativos e também podemos ser rabugentos, desanimados, além de podermos semear a discórdia simplesmente porque preferimos jogar sobre as costas dos outros a culpa por aquilo que não decidimos e/ou não fazemos.
O período libriano não serve para as pessoas serem “boazinhas”, mas para as pessoas aprenderem a se relacionar com o mundo de maneira equilibrada, respeitando os próprios limites e os limites de cada um.
O signo de Libra está relacionado com os rins, com o apêndice, com a parte inferior das costas e com as suprarrenais.
Se nós queremos fazer deste período uma fase ótima, devemos aproveitar ao máximo para aprendermos a observar mais como nos conectamos com a vida e com os relacionamentos. Será que estamos buscando o equilíbrio, a harmonia e o amor e será que estamos sabendo semear tudo isto em nossa própria vida? O que podemos eliminar de nossos pensamentos, de nossas ações e de nossas emoções para que possamos atingir uma vida mais equilibrada, para podermos desenvolver condições onde todos ao nosso redor sintam-se capazes de lidar com a vida de maneira mais equilibrada?
Tudo o que está desequilibrado pode ser reequilibrado durante o período libriano, mas nada acontece por um passe de mágica e sim pelo uso consciente da nossa vontade dirigida para pontos de vista mais harmônicos.
Espero que aproveitem ao máximo as energias librianas, meus caros viajantes das estrelas.
Até a próxima!
Inté!
O que podemos esperar de um período libriano?
Marco Menezes é carioca formado em Farmácia pela UFRJ e atuou na área de Homeopatia por mais de 10 anos. E há mais de 20 anos faz atendimentos com Astrologia, Tarot, Baralho Cigano, Numerologia e Reiki, dentre outras atividades ditas esotéricas.
Os atendimentos podem ser presenciais ou on-line.
Contato: WhatsApp (21) 98849-1965
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